Björn Ironside existiu? A história real por trás do personagem de ‘Vikings’

Björn Ironside foi apresentado na série “Vikings” como sendo o primogênito de Ragnar Lothbrok e Lagertha. No entanto, sua história nas sagas nórdicas é repleta de diferenças em relação à produção inicialmente exibida pelo canal History.

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Ele é apresentado em sagas como a Saga de Hervör e a Saga de Ragnar Lodbrok como um lendário caudilho viking de origem dinamarquesa que teria vivido no século IX. O guerreiro recebeu a alcunha “Järnsida” devido à sua invulnerabilidade após Aslauga, sua mãe, lhe dar uma poção mágica.

Acredita-se que Björn tenha sido um dos quatro filhos do rei lendário Ragnar Lodbrok e sua esposa Aslauga. Ele herdou o domínio de Svitjod, embrião do que viria a se tornar a futura Suécia. Também é apresentado como o primeiro soberano da Casa de Munsö, uma dinastia proto-histórica.

Björn Ironside teria comandado uma importante expedição viking durante o século IX à região do rio Sena, na França, unindo-se a seus irmãos posteriormente em invasões à Espanha, sul da França e Itália.

Também teria participado de expedições de conquista à Inglaterra, retornando para a Escandinávia, onde viveu o resto de seus dias como um homem rico. Diferente da série, ele não teria morrido em batalha.

Björn Ironside realmente existiu?

Assim como Ragnar Lothbrok, é difícil comprovar a existência do importante líder viking. Durante o século XVIII, foi encontrado na ilha de Munsö, no Lago Mälar, Suécia, um montículo por antiquários medido 5 m de altura e 20 m de comprimento, apelidado de “Björn Järnsidas hög” (Túmulo de Bjorn Braço de Ferro).

Confira:

No topo, encontra-se uma pedra rúnica catalogada como U 13. É difícil comprovar a existência de Björn, uma vez que seu nome é citado em obras como Feitos dos Danos, escrita a pedido do arcebispo Absalão de Lund e tida como semi-ficcional. Ela descreve a história da Dinamarca sendo escrita no período medieval, ou seja, muitos anos após os supostos acontecimentos. Diferente dos egípcios, os antigos nórdicos não tinham o costume de documentar seus feitos, sendo suas obras escritas anos depois, misturando história com antigas lendas.